sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Fibromialgia atinge 2,5% da população


Dor crônica generalizada, que se espalha por todo o corpo. Muita gente convive com esses incômodos, que precisam ser investigados. Eles podem ser os sintomas da fibromialgia. A doença atinge uma fatia considerável da população brasileira: 2,5%, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. Nos últimos meses, o tema foi bastante debatido por causa da revelação da atriz e humorista Dani Valente de que foi diagnosticada com a doença e, principalmente, pelo cancelamento do show de Lady Gaga na abertura do Rock in Rio 2017 devido a complicações causadas pela doença.

A reumatologista Mayara Manueira da Silveira, explica que a fibromialgia é uma síndrome de dor generalizada, que está associada à rigidez matinal, fadiga, distúrbio do sono e estresse. "Os pacientes geralmente tem dificuldade para localizar a dor. Alguns sintomas podem estar relacionados entre si, como distúrbios do aparelho digestivo, cefaleia, parestesias, depressão, zumbido, irritabilidade e distúrbio de concentração", explica.

Ela lembra que a doença incide em cerca de nove mulheres para cada homem, sendo os primeiros sintomas principalmente entre 30 e 50 anos de idade. "O diagnóstico da fibromialgia é puramente clínico, não havendo exames complementares que favoreçam sua realização", reforça. Predisposição genética e exposição frequente a ambientes e situações estressantes são fatores de risco para a fibromialgia. "A doença pode chegar a ser incapacitante", reforça Mayara.

Gatilhos emocionais podem desencadear uma crise de fibromialgia. "Toda vez que a paciente passa por um estresse muito grande, ou por crises de ansiedade e preocupação os sintomas se exacerbam. Tudo piora, as dores, a ansiedade, a depressão", comenta a reumatologista.

O tratamento da doença envolve a prática esportiva e a medicação. "Os exercícios são extremamente importantes e fazem parte do tratamento, sendo os aeróbicos um dos mais indicados. Eles apresentam efeito analgésico por estimularem a liberação de endorfina e funcionam como antidepressivos, além de proporcionarem a sensação de bem estar", orienta a reumatologista.

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