quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Sedentarismo e dor crônica estão mais ligados do que você imagina! Entenda


Ele é chamado de “MAL DO SÉCULO” e atinge grande parte da população: “o SEDENTARISMO é a ausência de atividade física regular”, diz a Dra. Lenina Matioli, médica do esporte, especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício. “Devido às comodidades tecnológicas e à vida atribulada atual, a PESSOA TEM ACESSO A TUDO EM UM SIMPLES TOQUE NA TELA DO CELULAR, limitando (mais e mais) sua movimentação”.
Segundo ela, o corpo dos seres humanos foi feito para se mexer! “Tanto que os sistemas conseguem se adaptar a qualquer execução com treino adequado para tal”. Uma vez que isso não acontece, entretanto, começam a aparecer os efeitos negativos, que podem levar ao desenvolvimento das dores crônicas. Quer saber como?
Primeiramente, a falta de dinamismo nesse sentido ocasiona uma desaceleração metabólica, e o ORGANISMO NÃO CONSEGUE MANTER A MASSA MUSCULAR – a qual não é estimulada, pois gera um consumo de energia muito alto, a profissional explica. “A perda de tecido causa a diminuição da força e da capacidade de desempenho no dia a dia, com maior risco de quedas, por exemplo”. Embora esse processo seja mais nítido em idosos, é perceptível desde idades mais precoces, reforça.
“As ARTICULAÇÕES VÃO FICANDO MENOS FLEXÍVEIS com a ação reduzida dos membros e MAIS SUJEITAS ÀS ARTROSES, pela má distribuição das cargas; ou seja, aos desgastes ósseos”, a Dra. Lenina pontua. A propensão às doenças como a OSTEOPOROSE aumenta (e muito, vale reforçar!). Fora que questões posturais acabam influenciadas, em função da fraqueza para “segurar” o peso corporal e a espinha dorsal.
LOMBALGIA, que afeta a região lombar, é um dos casos mais comuns que também é associado ao sedentarismo. De acordo com estudos realizados, de 70 a 80% dos indivíduos é passível de experimentá-la em alguma época: nos países industrializados, é a principal circunstância da INABILIDADE LABORAL DOS TRABALHADORES com menos de 45 anos.
“De maneira geral, as DORES CRÔNICAS são aquelas que persistem por mais de três meses”, comenta. E chegam a provocar muitas mudanças na rotina dos indivíduos, que vão das dificuldades na hora de dormir à integração social. Fica cada vez mais custoso cumprir simples tarefas domésticas, realizar passatempos e, inclusive, sair para encontrar amigos e familiares. Em longo prazo, o EXCESSO DE REPOUSO pode provocar um descondicionamento total.
VIRANDO O JOGO
“A REVERSÃO DA DOR está ligada a sua origem; nas articulares e musculares, com um programa de treino é perfeitamente possível reverter o quadro”, a médica esclarece. Conforme a profissional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma prática contínua de moderada (como CAMINHADA) POR 30 MINUTOS, CINCO VEZES POR SEMANA,ou de intensidade vigorosa (como CORRIDA) POR 20 MINUTOS E TRÊS VEZES POR SEMANA.
MUDANÇA DE VIDA
Agora, quando a situação evoluiu para um nível mais sério (como a já citada artrose, que é uma deterioração das juntas), a Dra. Lenina avisa, só um tratamento para controle poderá ajudar mais nos resultados. “A indicação é procurar um MÉDICO PARA UM CHECKUP e iniciar um planejamento de exercícios regulares, já que na medicina não existe – até o momento – nenhuma medicação que tenha o potencial de beneficiar tantos órgãos e com tamanha eficiência. Como o dito popular: SE NÃO TEM TEMPO DE CUIDAR DA SAÚDE TERÁ QUE ARRUMAR TEMPO PARA CUIDAR DA DOENÇA”.

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