segunda-feira, 17 de julho de 2017

O mapa da dor crônica no Brasil


Um dos destaques do 4º Congresso da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor (Sobramid), que acontece este fim de semana em Campinas (SP), será a apresentação do primeiro estudo sobre a prevalência da dor crônica entre os brasileiros. Conduzido pelo IBGE com apoio da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, o trabalho foi feito ao longo de um ano (2015-2016) — 919 pessoas de diversos estados foram entrevistadas.

Nas três primeiras colocações do ranking das regiões com mais queixas estão Sul (42%), Sudeste (38%) e Norte (36%). Em seguida, aparecem Nordeste (28%) e Centro-oeste (24%). “Dores de cabeça e nas costas foram as mais citadas pelos participantes”, diz o anestesiologista Paulo Renato Barreiros da Fonseca, um dos autores da pesquisa.

Também foi solicitado que os respondentes avaliassem, em uma escala de um a dez, a intensidade do desconforto que sentem. Aí as posições mudaram: no pódio, ficam Norte (6,9), Nordeste (6,7) e, empatados na terceira colocação, Sul e Sudeste (6,5). O Centro-oeste fecha a lista (6,0). “Uma dor acima de seis é moderada e já interfere negativamente nas atividades diárias”, destaca o especialista.
De modo geral, 37% dos entrevistados afirmaram que convivem com um incômodo há pelo menos seis meses consecutivos – o dobro do tempo necessário para que o quadro seja considerado crônico. Ao todo, 42% dos indivíduos que responderam ao questionário disseram sofrer com algum tipo dor.
“Se a causa de base não for tratada logo e de maneira adequada, o risco de o sintoma se tornar permanente aumenta”, alerta Fonseca. O tratamento oferecido nesses casos é variado e multidisciplinar. Ou seja, envolve profissionais de diferentes áreas, trabalhando em conjunto para garantir mais qualidade de vida.

Fonte: Dr. Paulo Renato Barreiros Fonseca - Diretor científico da SBED (2016-2017)
Saúde/Abril: http://saude.abril.com.br/

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