domingo, 1 de janeiro de 2017

Analista apresenta robô que salva vidas


Responsável pela ocupação de 25% dos leitos em UTIs no Brasil, a Sepse (conjunto de manifestações graves produzidas por infecções nos organismos humanos) é uma doença que está entre as principais geradoras de custos em hospitais públicos e privados. As estatísticas também mostram que ela é a principal causa de mortes nas unidades de terapias intensivas.
Medicamentos caros e equipamentos sofisticados exigem muito das estruturas hospitalares. No ano de 2003 foram registrados 398 mil casos da doença que resultaram em 227 mil mortes por choques sépticos. Os tratamentos, desse mesmo ano, totalizaram R$ 17,34 bilhões, de acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse.
Os tempos são outros e as tecnologias, mais sofisticadas e hiper modernas, com o mundo transitando entre as geringonças do passado e nuvens de aplicativos eletrônicos factuais, causam a apneia cotidiana. Se o mundo não é mais o mesmo, os males que atacam a vida em suas mais variadas formas, inclusive a humana, se prontificam nos mesmos patamares que as forças contrárias. O jovem cientista Jacson Fressato, de 37 anos, habita este mesmo universo que rotineiramente é ameaçado por epidemias, deficiências biológicas, doenças virais, outras como osteogenesis imperfecta, síndrome X frágil, ataxia dominante, porferias, doença de fabry, dentre tantas. E foi num desses combates, entre a vida e a morte, que perdeu sua filha Laura, criança que faleceu aos 18 dias de vida em consequência de uma Sepse.
projeto foi apresentado na capital
O jovem Jacson Fressato é analista de sistema e esteve em Porto Velho durante as últimas semanas para apresentar um projeto que já conseguiu reduzir em mais de 10% o número de vítimas das fatalidades da Sepse. O projeto é “Laura”, um robô de sistema inteligente que tem a função de diagnosticar a doença quando a situação ainda é reversível. “Eu sempre me imaginei com esposa, filhos, casa, o pacote completo. Não pude ter nada disso. Mas, se eu só me lamentasse, estaria perdido”, problematiza Fressato intuindo que os desafios lhe deram de presente a oportunidade de transformar esta causa e consequência em esperança para aqueles que possam sofrer com esse mal.

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